4 lições aprendidas sobre o mito do sucesso criativo

Na indústria criativa, o que nos motiva afeta diretamente o que iremos criar. Minha equipe na Musicbed tem uma opinião tão forte sobre esse assunto que o tornamos o assunto de um novo documentário de longa-metragem chamado MAKE, que acabamos de lançar no Vimeo on Demand.

Por meio do filme, exploramos como um criativo em nosso mundo moderno pode permanecer fiel à sua paixão. Perseguir dólares, curtidas, seguidores e prêmios pode ser uma armadilha fácil para qualquer criativo cair, com consequências que afetarão tudo que produzimos como artistas.

Como ninguém quer aprender da maneira mais difícil, quero compartilhar quatro coisas que aprendi sobre o sucesso criativo que afetam a todos nós.

1. A comparação é uma armadilha

Hoje, estamos todos conectados. Assim que um designer coloca seu trabalho no Dribbble, ou um cineasta carrega seu curta no Vimeo, o potencial para um milhão de olhos com um milhão de opiniões diferentes é liberado no produto.

Estamos constantemente observando o que todos os outros estão fazendo e sempre cientes do que todos pensam sobre nosso próprio trabalho. Com essa exposição ilimitada à crítica e à opinião de outras pessoas, é mais fácil do que nunca fazer algo pelo motivo errado.

A paixão por criar é essencialmente humana e, assim que a perdemos de vista como a principal motivação de nossas vidas, somos deixados em busca de algo que inevitavelmente nos deixará na mão. Faça algo porque você é apaixonado por isso. É simples assim. Seu melhor trabalho virá de um lugar de paixão pelo artesanato. Os seguidores, curtidas e dólares serão apenas um subproduto – não o motivo.

4 Lessons Learned About the Myth of Creative Success
Foto: (Reprodução/Internet)

2. O processo criativo é um ciclo

Paixão. Sucesso. Colapso. Recomeçar.

É como um relógio e se aplica a qualquer pessoa que fez carreira na indústria criativa. Pense por que você começou a fazer tudo o que ama – você começou porque gostava de fazer. Assim que alguém é bem-sucedido em seu ofício, ele tenta imitar esse sucesso seguindo uma fórmula e tentando atingir o sucesso novamente.

O trabalho deles sofre, porque sem saber, eles já começaram a fazer outra coisa que não pela razão de fazer. Isso leva inevitavelmente a um colapso em sua vida profissional ou pessoal. Os sortudos encontram um caminho saudável, mas difícil, de volta ao ponto de partida.

Por que não quebrar o ciclo? Assim que você obtiver sucesso com algo que você fez, reconheça e siga em frente. Não permita que o sucesso do presente se torne uma armadilha para o seu futuro.

3. Precisamos de vozes, não de ecos

Sempre que lançamos um filme no Vimeo ou no YouTube, o comentário número um que recebemos é ‘Em que você filmou isso?’ As pessoas estão mais preocupadas com como fizemos algo do que com o motivo. Eles estão fazendo as perguntas erradas. Eles acreditam que existe uma trajetória segura para o sucesso e a veem no trabalho de outras pessoas.

O que precisamos na indústria criativa são vozes, não ecos. Você cria sua voz tentando coisas novas e fazendo algo que vem do seu coração, não seguindo o caminho de outra pessoa. É sobre encontrar seu próprio lugar neste mundo, não importa o quão difícil isso possa ser. Os ecos estão seguros. Você vê algo de que gosta e o imita. É uma fórmula. Onde está a diversão nisso?

4. A satisfação é encontrada no processo, não no prêmio

Faça a si mesmo esta pergunta: Qual é a “coisa” que vai acontecer que dirá a você “você conseguiu?”

Acho que estamos subconscientemente nos perguntando essa pergunta em uma base regular, e talvez não precisemos perguntar, ou melhor ainda, talvez não precisemos respondê-la. Como eu disse antes, a necessidade de criar é totalmente humana. Se acreditarmos que há uma linha de chegada ou um prêmio no final, quão horrível será quando você finalmente chegar lá e perceber que não está satisfeito?

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Talvez isso seja contra-intuitivo, mas acredito que a verdadeira realização criativa é encontrada no processo, não no prêmio. Se você vive o momento e vê o processo como uma recompensa, então não há mais nada além de sentar e aproveitar a jornada.

Traduzido e adaptado por equipe Autônomo Brasil

Fonte: Entrepreneur