Se você fez questão de encher seus posts de marketing do Facebook com hashtags na esperança de que se tornassem virais – ou pelo menos atingissem algumas pessoas extras -, talvez todo esse esforço não tenha importado. De acordo com um novo relatório do serviço de classificação de postagens do Facebook EdgeRank Checker, as postagens com hashtags têm desempenho pior do que as sem.
O Twitter, berço da hashtag, onde frases com hiperlinks e prefaciados com o símbolo # nos levam a outros conteúdos relacionados, nos habituou a presumir que é assim que funciona em qualquer outro lugar. O que faz sentido, já que Instagram, Tumblr, Vine e outras empresas de mídia social adotaram protocolos semelhantes.
Mas, aparentemente, no Facebook – o último grande obstáculo para implementar o hiperlink de hashtag – as hashtags não fazem nada para ajudar as empresas a alcançar os clientes que procuram em um espaço relacionado.
De acordo com o EdgeRank, as postagens com hashtags têm um alcance viral mediano de 0,8 por cento em comparação com as postagens sem hashtags, que têm uma tecnologia viral mediana de 1,3 por cento. A mesma distorção contra-intuitiva se aplica às métricas em todo o quadro.
Postagens com hashtags têm um envolvimento médio dos fãs, de 0,22% contra 0,25%, e um alcance médio dos fãs orgânicos de 12,47% contra 13,36%, respectivamente.
Quando o EdgeRank clicou em sua própria hashtag #edgerank, os dois retornos foram Mari Smith, um conhecido profissional de marketing de mídia social com mais de 100.000 fãs, e o Facebook Studio, que tem mais de 1 milhão. “Ficamos surpresos ao ver os dados refletirem isso”, escreveu o fundador do EdgeRank, Chad Wittman, no blog da empresa.
“Nossa hipótese é que talvez apenas páginas muito grandes experimentem um aumento no alcance viral devido ao processo de seleção de quais marcas são exibidas ao clicar em uma hashtag.”
Mas, mesmo assim, os dados do EdgeRank mostram que a taxa média de viralidade para páginas com mais de 1 milhão de fãs é ainda menor para postagens com hashtag. Aqueles com hashtags têm um alcance viral médio de 12,47% e aqueles sem um alcance mais forte de 13,36%.
“Examinar o engajamento mostrou que, independentemente do tamanho do fã, o uso de hashtags não teve um impacto positivo no engajamento da marca”, disse Wittman. “Examinar o Alcance viral por tamanho de fã também ilustra que o uso de uma hashtag não aumenta a exposição viral.
Isso é uma surpresa para nós, pois teríamos certeza de que o uso de uma hashtag teria causado um aumento no Alcance viral, mesmo que fosse um pequeno aumento. ” O estudo de EdgeRank não é definitivo. E vale ressaltar que embora faça algumas comparações entre o desempenho da hashtag no Twitter e no Facebook, a forma como as pessoas recebem as informações em cada rede social é diferente.
O que aparece em nosso feed de notícias do Facebook é exclusivo para cada indivíduo – determinado por suas configurações de privacidade, curtidas, conexões de amigos e quais páginas a pessoa segue. Quando os usuários clicam em uma hashtags do Facebook, eles verão apenas outras postagens com as mesmas hashtags das páginas às quais estão conectados. Não existem dois feeds do Facebook iguais.
No Twitter, Instagram, Vine e Tumblr, é um pouco diferente. Os usuários veem os tweets de seus seguidores em seu feed, mas quando procuram por uma hashtag, verão os resultados de todos os usuários públicos, quer eles os sigam ou não.
Quando questionado sobre seus próprios dados, um porta-voz do Facebook disse que as hashtags ainda são “muito novas para obter dados sólidos”, mas que o sucesso viral de uma postagem depende mais de conteúdo de alta qualidade do que de “colar hashtags irrelevantes em suas postagens”.
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“Quando lançamos um novo produto no Facebook, nos concentramos em obter a experiência do usuário certa; as hashtags não são diferentes”, acrescentou o porta-voz. “Como eles são propensos a abusos, por exemplo, de páginas memes, estamos focados em ajustar os algoritmos de classificação antes de apresentá-los de forma mais proeminente às pessoas.”
Traduzido e adaptado por equipe Autônomo Brasil
Fonte: Entrepreneur