Negócio próprio – Sebrae e GEM consideram que o Brasil alcançará marca histórica

O Brasil é a terra do empreendedorismo. É o país com o maior número de empreendedores do mundo, e uma pesquisa recente da McKinsey nos mostra que cerca de 39% da população do país tem seu próprio negócio.

O país está perto de bater outra marca histórica quando falamos sobre o assunto. Em 2020, o Brasil deve ter um quarto (25%) da população adulta contando com um novo negócio, de acordo com uma pesquisa divulgada pela GEM em parceria com o Sebrae.

A marca diz respeito aos chamados empreendimentos iniciais, que são negócios abertos que tenham duração de até 3,5 anos. Isso mostra o tamanho da atuação do país na área, porém, também pode ser um indicativo de problemas maiores.

Negócio próprio - Sebrae e GEM consideram que o Brasil alcançará marca histórica
Fonte: (reprodução/internet)

Empreendimento por necessidade

Com a chegada do novo coronavírus, se tornou problemática a manutenção de empregos em todo o país. Muitas pessoas acabaram sendo demitidas de seus trabalhos, e muitas outras tiveram cortes severos em seus salários.

Com isso, se tornou comum que esses trabalhadores buscassem alternativas no meio empreendedor. O aumento no número de registros de MEIs só corrobora esse fato, já que o montante já ultrapassa os 10 milhões, segundo o Portal do Empreendedor.

Isso pode ser um bom indicativo para o mercado, já que alguns desses empreendedores, possivelmente, gerará novos empregos em breve, porém, também é necessário ficar atento às necessidades da busca da população pelo empreendedorismo.

As altas taxas de desemprego são um fator relevante quando falamos da busca por um novo negócio. Sem uma fonte de renda, o trabalhador acaba optando pelo empreendedorismo por necessidade, muitas vezes informal, para continuar gerando renda familiar.

Mulheres e negros são os que mais aderem

Com a taxa de empreendedorismo inicial em números tão altos, ficou evidente que algumas classes são mais afetadas que as outras durante esse período. Mulheres e negros, de acordo com Carlos Melles, devem ser as grandes alavancas desse número:

“Este número, segundo nossa projeção, será puxado pelas mulheres, pelas pessoas negras, em geral, os grupos que mais costumam ser afetados pelo crescimento do desemprego”, afirma o atual presidente do Sebrae.

Com isso, se faz necessário que as práticas empreendedoras sejam amplamente divulgadas nos mais diversos meios, a fim de melhorar as condições desses novos empreendedores, em número tão espantoso, de conseguirem êxito em suas empreitadas.