Quando a Avvo Corp. contratou uma série de novos vendedores de publicidade em 2009, muitos dos novos funcionários eram jovens, entusiasmados e experientes em mídia social. Naturalmente, eles começaram a blogar, twittar e postar no Facebook sobre seu novo empregador.
No início, tudo parecia bom. “Você gosta de ver muita iniciativa em uma startup”, diz Josh King, vice-presidente de desenvolvimento de negócios e conselheiro geral do diretório online de advogados e médicos de Seattle, criado há três anos. Mas enquanto verificava as menções do Twitter sobre a Avvo, usando uma ferramenta online gratuita chamada TweetDeck, ele descobriu que vários funcionários que falavam ativamente sobre a empresa tinham fotos de perfil nada profissionais.
“Havia um em que alguém tinha bebidas na mão, por exemplo, e garrafas de cerveja ao redor”, disse King. Como percebeu que provavelmente não era sábio nem viável proibir os funcionários de usar a mídia social ou mencionar o nome da empresa ao fazê-lo, ele começou a elaborar uma política de mídia social para orientar os 50 funcionários da empresa.
Comportamento ofensivo e problemas de imagem estão entre os problemas mais comuns que surgem quando os funcionários misturam negócios com uso pessoal de sites de redes sociais, de acordo com Andrew Tanick, advogado do escritório de advocacia trabalhista Ford & Harrison, em Minneapolis. “As pessoas colocam em sua página do Facebook coisas que normalmente não colocariam por escrito”, diz ele.
Para evitar tais confusões em sua empresa, considere elaborar sua própria política de mídia social. Aqui estão três maneiras pelas quais sua empresa pode se beneficiar ao estabelecer até mesmo as diretrizes mais básicas.
Razão nº 1: Proteja a reputação da sua empresa
Uma política de mídia social elimina as suposições sobre o que é apropriado para os funcionários postarem sobre sua empresa em suas redes sociais. Como regra geral, eles não devem escrever nada que não gostariam que fosse estampado na primeira página do jornal local, diz Chris Boudreaux, vice-presidente sênior da Converseon, empresa de consultoria de mídia social com sede em Nova York.
A abordagem de King foi elaborar uma política de uma página que enfatizasse o profissionalismo acima de tudo. “Em muitos aspectos, é como se você estivesse em uma festa falando sobre sua empresa”, diz ele. “Você não vai subir em uma mesa com um abajur na cabeça.”
Suas diretrizes de mídia social, enviadas por e-mail e incluídas no manual do funcionário, lembram aos entusiastas de mídia social da empresa que “o contexto é importante“. Também fornece conselhos específicos sobre coisas como fotos de perfil aceitáveis e como responder se um jornalista contatar seus funcionários por meio de suas redes pessoais.
Razão no. 2: Minimize a confusão sobre questões legais obscuras
As políticas de mídia social também podem ajudar os empresários e gerentes a evitar erros, diz Boudreaux. Por exemplo, ele cita o caso de um restaurante de Nova Jersey que tropeçou quando um gerente demitiu um funcionário após ler reclamações sobre a empresa em uma página de mídia social privada a que ele tinha acesso secretamente.
Entre outras alegações, a empresa foi acusada de violar as leis federais de escuta telefônica.
“Esses [incidentes] podem envolver crimes muito graves“, diz Boudreaux, que também criou o Socialmediagovernance.com, um recurso para empresários que buscam orientação nas mídias sociais. O site fornece um banco de dados gratuito e pesquisável de mais de 150 políticas de mídia social usadas por outras empresas e organizações.
Razão nº 3: aumentar o conhecimento de sua marca
Uma política de mídia social pode fazer mais do que evitar problemas. “Muitas vezes as organizações pensam nas políticas de mídia social como uma lista de restrições”, diz Boudreaux. Mas ter diretrizes claras também pode ajudar os funcionários a entender as maneiras como podem usar a mídia social para ajudar a atingir as metas de negócios.
Por exemplo, as políticas devem aconselhar os funcionários como eles podem comentar em blogs ou redes sociais para aumentar o conhecimento da marca e direcionar o tráfego para o site da empresa.
Já King, quando os funcionários mencionam o Avvo em suas redes sociais, agora é coordenado pelo departamento de marketing da empresa. Embora os funcionários não sejam obrigados a limpar todas as postagens do Twitter com antecedência, por exemplo, eles devem falar com os executivos da empresa antes de iniciar qualquer nova página de mídia social especificamente relacionada ao Avvo.
Veja também: Dê um toque pessoal ao seu site
“Algumas pessoas mudaram suas fotos de perfil e não houve um único problema nos seis a oito meses em que as implementamos”, acrescenta.
Traduzido e adaptado por equipe Autônomo Brasil
Fonte: Entrepreneur