Repensando as definições de criatividade

Se Banksy e um advogado entrarem em um bar, não há como eles terem algo em comum, certo? Um é um artista de rua mundialmente famoso e o outro lida com complicadas reviravoltas de linguagem e negociação. Não há como o advogado ser uma pessoa criativa, certo?

O fato é que a criatividade é necessária em todos os setores. Existem pensadores criativos na profissão médica, na política, na manufatura – o que você quiser, e existem algumas mentes criativas que enfrentam os maiores desafios de nosso tempo.

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O que é criatividade?

Normalmente, quando falamos sobre criatividade ou pessoas criativas, vemos isso como sinônimo de artistas, músicos, dançarinos e escritores. A linguagem Oxford define a palavra criatividade como “o uso da imaginação ou de ideias originais”. É sinônimo de criatividade e inovação. Médicos, advogados, CEOs, empresários – todos eles precisam ser criativos para encontrar soluções para seus problemas.

O mundo dos negócios e a criatividade

Lembro-me de estar sentado em uma consulta a um cliente, onde eles falavam frequentemente sobre como queriam trazer um pouco de criatividade para sua equipe. Eles usaram frases como “fora da caixa” e “não são os mesmos processos antigos”. Eles queriam ser conhecidos como a equipe que fazia as coisas de maneira diferente.

Ao mesmo tempo, pensei em todas as coisas inovadoras que eles fizeram nos últimos anos que os destacaram da multidão em seu setor. Não é ser criativo?

Embora eu concorde que às vezes um ponto de vista externo pode estimular novas ideias, uma e outra vez, eu vi como algumas das ideias mais criativas vêm de dentro de casa, de pessoas que podemos não ver como tendo papéis “criativos”. Por que é que?

Vamos usar Bill Gates como exemplo. Ele é um pensador extremamente criativo, mas como ele opera no mundo da tecnologia, nós o descrevemos como “inovador”. A inovação é o resultado direto da criatividade.

O que é preciso para ser criativo?

No contexto da inovação e do uso da imaginação para ter ideias originais, como podemos mudar nosso pensamento sobre o que significa ser criativo?

Primeiro, há um livro de Robert W. Weisberg, chamado Rethinking Creativity: Inside-the-Box Thinking como a Base para a Inovação, que diz que a inovação real depende do pensamento dentro da caixa. Uma de suas premissas é que ideias originais vêm do que já sabemos.

Isso significa que o primeiro passo para a criatividade é um entendimento profundo do assunto. Algumas de suas pessoas mais criativas são aquelas com uma ampla base de conhecimento. Eles lidam com problemas observando a estrutura existente e usando sua compreensão do que funcionou e do que não funcionou antes.

O segundo aspecto é a curiosidade. Quando as pessoas estão fazendo perguntas ou começando frases com “Eu me pergunto …”, elas estão iniciando o caminho da criação. Testar hipóteses e realizar experimentos é um ótimo exercício criativo. Pessoas curiosas observam o que está acontecendo. Essas observações constroem seu conhecimento, levam a novas ideias ou ambos.

As soluções surgem quando começamos a fazer conexões entre as coisas. Pode ser entre o que aconteceu no passado e o que está acontecendo no presente, como quando as pessoas estudam recessões ou pandemias. Pode ser entre duas coisas completamente díspares que parecem não ter nada em comum, mas a pessoa encontra um link.

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Foto: (Reprodução/Internet)

Reconhecendo a criatividade pelo que ela é

Em vez de pensar em pessoas criativas como artistas, devemos reconhecer a criatividade que existe nos domínios empresarial e científico. Um dos motivos pelos quais gosto de trabalhar com marketing é porque ele combina o que veríamos como habilidades criativas tradicionais, como design gráfico e redação criativa, com análise de dados, como cliques e taxas de conversão. Nós os pegamos juntos para criar soluções.

Vamos voltar para Banksy e o advogado. Sabemos que Banksy é um criador, mas e o advogado? Sim, leitura, pesquisa e análise fazem parte da função, mas também a resolução de problemas. No tribunal, eles elaboram histórias para ilustrar os casos de seus clientes.

Por meio de negociações e contratos, eles resolvem problemas. Eles levam seu conhecimento da lei para aplicá-la a questões existentes. Com esse ponto de vista, ambos são pensadores criativos.

Traduzido e adaptado por equipe Autônomo Brasil

Fonte: Forbes