Construir uma marca global requer mais do que apenas lançar um site que pode ser acessado de quase qualquer lugar do mundo.
De erros de linguagem a normas culturais equivocadas, a veterana especialista em branding Barbara E. Kahn já viu de tudo quando se trata dos erros de lançar uma marca além das fronteiras. Aqui, ela compartilha cinco dicas para ajudar os empreendedores a evitar as armadilhas.
1. Compreenda o comportamento do cliente
Só porque os consumidores têm certas preferências ou hábitos de compra em uma cultura, não significa que tais preferências sejam universais. “É impressionante como muitos varejistas não conseguiram porque não estudaram como os consumidores compram”, diz ela.
Em seu livro Global Brand Power (Wharton Digital Press, 2013), Kahn cita o erro do Walmart ao escolher locais na China próximos a parques industriais quando os consumidores estavam acostumados a fazer compras mais perto de casa em vez de perto do trabalho.
2. Posicione-se corretamente
Um bom posicionamento de marca inclui realmente entender sua concorrência e, em seguida, examinar sua vantagem competitiva. Quem são os fornecedores de produtos e serviços semelhantes que você vende neste país? Eles podem não ser os mesmos provedores que nos EUA.
Por exemplo, se você vende roupas esportivas, observe onde as pessoas estão comprando suas roupas esportivas. Pode ser em lojas especializadas, varejistas online ou lojas de artigos esportivos. Se você tem uma marca sofisticada e está entrando em um mercado onde o local de compra preferencial são os varejistas de descontos, pode ser necessária uma estratégia diferente da que você usa nos EUA.
“Você precisa entender como as pessoas compram e como o seu marca vai se encaixar nessa mistura “, diz ela.
3. Saiba como sua marca se traduz
Uma marca ou nome de produto inteligente em um idioma pode se traduzir em um erro embaraçoso em outro. Por exemplo, a marca de queijo francesa Kiri mudou seu nome para Kibi no Irã porque o nome anterior significa “podre” ou “classificação” em farsi – não exatamente a associação que você deseja para o queijo.
Além de garantir que sua marca seja bem traduzida para outros idiomas, considere quais cores são as preferidas nos diversos mercados. Nos EUA, os azuis e verdes são os preferidos, enquanto os vermelhos e amarelos são frequentemente usados em alguns países latino-americanos e podem ser atraentes e familiares para o público dessas áreas.
4. Pense de forma ampla
Uma vez que sua empresa pode precisar expandir para oferecer novos produtos com base nas demandas do mercado regional, é importante que o nome de sua empresa seja amplo o suficiente para acomodar essas mudanças.
“Boston Chicken mudou seu nome para Boston Market porque se expandiu para outros alimentos”, diz Kahn. Se o nome da sua empresa for Brian’s Computers, por exemplo, considere se isso será limitante em outros mercados se você também vender periféricos e serviços, diz ela.
5. Encontre bons parceiros
Trabalhe com seu advogado para proteger sua propriedade intelectual no exterior, registrando a marca registrada e as proteções de patente apropriadas nos Estados Unidos e em outros lugares, se aplicável. Encontre representantes comerciais que sejam recomendados por colegas ou escritórios comerciais estaduais ou federais, uma vez que têm maior probabilidade de serem respeitados.
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Se você decidir licenciar o nome do seu produto ou serviço para um fabricante ou fornecedor no exterior, exerça controles rígidos para se certificar de que o fornecedor é confiável e não fará uso indevido ou apropriação indevida de seu nome e cumprirá seus padrões de controle de qualidade.
“Quando você coloca o nome de sua marca em [um produto ou serviço], você deseja uma experiência consistente para que todas as vezes que as pessoas a tenham, elas entendam os valores da marca”, diz Kahn.
Traduzido e adaptado por equipe Autônomo Brasil
Fonte: Entrepreneur