Décadas atrás, durante a revolução industrial, os líderes das empresas estabeleceram um estilo de gestão que envolvia o relacionamento com seus funcionários, que chamo de “Estacione seu cérebro na porta”. Esses gerentes aparentemente decidiram que seus funcionários não podiam ou não queriam se envolver no negócio, entender métricas, fazer sugestões de melhoria ou até mesmo ser produtivos.
Assim, os gerentes decidiram que seus funcionários deveriam chegar ao trabalho todos os dias e estacionar o cérebro na porta.
Independentemente de quão produtivos os funcionários fossem em casa, como ser presidente da associação local de pais e mestres, liderar uma tropa de escoteiros ou participar de atividades da igreja, eles eram vistos como incapazes de transferir esse conhecimento e habilidade para o local de trabalho.
A gerência disse às pessoas para aparecerem todos os dias, não para fazer perguntas ou recomendações, para não analisar as coisas e apenas fazer o que lhes foi dito. No final do dia, as pessoas tiveram que pegar seus cérebros novamente e ir para casa. Acredito que esse estilo de liderança pobre foi uma das razões para o aumento da atividade sindical.
Parece inconcebível que a gestão se comportasse dessa forma e se safasse por tantos anos porque, como os líderes de hoje sabem, os funcionários mais bem informados sobre um processo geralmente são as pessoas que o executam todos os dias.
Os esforços de decomposição, mapeamento e documentação de processos dependem de grupos de funcionários que realmente executam um trabalho. Por isso, não só é desejável; deve ser obrigatório que os funcionários não tenham permissão para deixar seus cérebros na porta.
Os empregadores devem querer, precisar e esperar que os funcionários pensem no trabalho, façam recomendações e sugiram etapas para melhorias. Esse conceito óbvio, mas crítico, é ainda mais importante com os novos funcionários que as empresas estão contratando hoje.
Quando eu era um jovem gerente, meu chefe apenas tinha que me dizer o que fazer e eu o fiz. Foi por isso que recebi um cheque de pagamento.
Mas hoje, alguns funcionários das Gerações X e Y não querem apenas saber o que você deseja que eles façam; eles insistem em saber por que você quer que eles façam isso. Isso pressiona os líderes de hoje a se tornarem “líderes servidores”, uma frase cunhada por Robert K Greenleaf para descrever o conceito de liderança de adaptar seu estilo às necessidades de seus funcionários.
Esses trabalhadores contemporâneos são menos propensos a estacionar seus cérebros na porta e, em vez disso, tendem a falar, mesmo que seu chefe não peça sua opinião.
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Lembre-se de que o principal motivo pelo qual os funcionários deixam as empresas é devido ao mau relacionamento com seu chefe ou gerente. Isso significa que os líderes de hoje devem ser muito sensíveis sobre o feedback que fornecem aos subordinados.
Se os líderes desejam manter o que há de melhor e mais brilhante, devem solicitar e receber recomendações, sugestões e contribuições regularmente sobre os processos da empresa. Você insiste que seu pessoal traga seus cérebros para o trabalho? Em caso afirmativo, como você incentiva a opinião deles?
Traduzido e adaptado por equipe Autônomo Brasil
Fonte: Entrepreneur