Treine seu cérebro para ver escolhas melhores do que lutar ou fugir

Superar obstáculos é sinônimo de empreendedorismo. A capacidade de enfrentar as dificuldades e o estresse de uma forma empoderadora é descrita como o maior fator para o sucesso na vida – mais significativo do que o seu QI, redes sociais, saúde física ou histórico socioeconômico.

Quando você se depara com situações estressantes, há duas maneiras básicas de seu cérebro responder: lutar ou fugir. O fato de você lutar ou fugir pode ser resumido em como você foi condicionado a partir de experiências anteriores.

Este padrão negativo de respostas é conhecido como “desamparo aprendido“. Se você fez uma apresentação terrível em uma reunião de negócios, você terá uma resposta de voo induzida pelo estresse em cenários futuros semelhantes.

Se não for verificado, esse padrão de comportamentos de evitação “aprendidos” levará a decisões passivas e inadequadas. Você não pode dominar o empreendedorismo e a liderança se tiver um padrão de decisões prejudiciais e avessas ao risco – sempre fugindo dos desafios. A boa notícia é que os pesquisadores descobriram que o desamparo aprendido pode sofrer um curto-circuito dependendo do seu “estilo explicativo” ou “estilo de atribuição”.

Depois de se deparar com uma situação estressante, antes que um comportamento passivo seja “aprendido”, você deve primeiro interpretar a experiência, e essa interpretação pode ser alterada. Sua resposta de lutar ou fugir é visceral, até que você aprenda a parar e perguntar: “Por quê?”

Esses estilos explicativos ou de atribuição podem ser categorizados de três maneiras:

1. Interno vs. externo

É assim que você explica a causa de um evento, onde você atribui a “responsabilidade”. Torná-lo interno significa que você se vê como a causa, e não como um fator externo. Exemplo: “Eu sou péssimo para fazer apresentações” (interno), ao contrário de “o material era difícil de explicar” (externo).

2. Estável vs. instável

É assim que você explica a duração de um evento; se uma experiência tem efeitos permanentes ou é transitória. Exemplo: “Eu sempre esqueço os nomes, nasci com uma memória terrível” (estável), ao contrário de “Não dormi o suficiente na noite passada, minha memória está um pouco errada esta manhã” (instável).

3. Global vs. específico

É assim que você explica o contexto de um evento; se a situação é universal em todos os ambientes ou exclusiva para um ambiente. Exemplo: “Não gosto de conhecer pessoas em conferências” (global), ao contrário de “Não gostei de conhecer pessoas naquela última conferência” (específico).

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Foto: (Reprodução/Internet)

Qual é o melhor estilo explicativo?

Os estilos explicativos podem ser divididos simplesmente em otimista e pessimista. Então, uma pessoa que responde aos desafios com atribuições pessimistas vai acreditar que nasceu “burro”; que sua falta de inteligência é permanente; e nunca terá sucesso em nenhum trabalho. Esta pessoa responde com uma “resposta de vôo”.

Reenquadrar a causa, a expectativa de vida e o contexto com lentes otimistas significa que essa pessoa acredita que nasceu com grande resiliência; que suas lutas são temporárias e as mudanças acontecem com o tempo; e eles têm a capacidade de ter sucesso em qualquer carreira, independentemente dos fracassos anteriores. Esta pessoa responde com uma “resposta de luta”.

Essas técnicas de reenquadramento podem soar como ilusões ou desculpas, mas os pesquisadores mostraram que a estratégia da mentalidade de crescimento de mudar a forma como você interpreta um evento mudará os padrões de resposta negativa.

Ver também: Pelo que você quer ser conhecido?

Para criar um padrão de respostas de “luta” fortalecedoras quando você se depara com uma situação estressante ou difícil, ajuste seu estilo explicativo de pessimista a otimista, em três pontos principais: a causa (interna x externa); o período de tempo (estável vs. instável); e o contexto (global vs. específico).

Traduzido e adaptado por equipe Autônomo Brasil

Fonte: Entrepreneur